LEI N. º 14.469, DE 16 DE JULHO DE 2003.
(PUBLICADA NO DOE DE 21.07.03)
este texto não substitui o que FOI publicado no diário oficial
NOTAS:
1. Regulamentada pelo Decreto nº 5.832/03;
2. A Instrução Normativa nº 639/03, de 17.012.03, com vigência a partir de 22.12.03, dispõe sobre o recolhimento de receita destinada ao Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás - PROTEGE GOIÁS.
3. A Lei nº 15.598, de 26.01.06, com vigência a partir de 01.02.06, dispôs, no seu art.9º, que os valores resultantes da aplicação desta lei, ainda não utilizados, são transferidos para o Tesouro Estadual.
Alterações:
1. Lei nº 14.541, de 30.09.03 (DOE 30.09.03);
2. Lei nº 14.881, de 22.07.04 (DOE 03.08.04);
3. Lei nº 15.522, de 05.01.06 (DOE 10.01.06).
Institui o Fundo de Proteção Social do Estado de GOIÁS - PROTEGE GOIÁS.
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Fica instituído, na Secretaria da Fazenda, o Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás - PROTEGE GOIÁS -, de natureza orçamentária, destinado a provisionar recursos financeiros às unidades orçamentárias executoras de programas sociais que compõem a Rede de Proteção Social do Estado de Goiás. A Rede de Proteção Social do Estado de Goiás é composta pelos seguintes programas sociais:
V - programas finalísticos da Secretaria de Segurança Pública;
VI - outros programas de assistência social definidos em regulamento.
Compete à Secretaria da Fazenda a implementação e respectivos suportes técnico e material do PROTEGE GOIÁS. Compete à Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento definir as prioridades e prover os recursos orçamentários necessários à implementação do PROTEGE GOIÁS. Fica autorizada a abertura de conta corrente única e específica em instituição financeira para recebimento e movimentação dos recursos do PROTEGE GOIÁS. Os recursos do PROTEGE GOIÁS devem ser repassados aos órgãos ou entidades gestores dos programas sociais por meio de convênio específico. Os recursos do Fundo PROTEGE GOIÁS são provenientes:II - de contribuição correspondente a 5% (cinco por cento) dos valores arrecadados em decorrência de condição estabelecida na legislação tributária para fruição de benefício ou incentivo fiscal, de acordo com o inciso II do caput do art. 9º;
III - da exploração de serviço de loteria e congênere;
IV - das receitas arrecadadas pelo Departamento Estadual de Trânsito do Estado de Goiás - DETRAN/GO -, cujo montante anual não pode ser inferior a 55% (cinqüenta e cinco por cento) da receita anual desta autarquia;
V - de valores destinados à Bolsa Garantia, instituída pela Lei nº 14.239, de 9 de julho de 2002;
VI - de valores arrecadados, na forma do art. 59 da Lei nº 14.376, de 27 de dezembro de 2002;
VII - de juros de depósitos bancários e outros rendimentos de aplicações financeiras, inclusive de atualização monetária, decorrentes da movimentação financeira dos recursos do PROTEGE GOIÁS;
VIII - de transferências à conta do orçamento do Estado;
IX - de recursos decorrentes de convênio firmado com os Governos Federal e Municipal;
X - de contribuição ou doação efetuadas por organismos nacionais ou internacionais, bem como de convênio de financiamento celebrado com os referidos organismos;
XI - de transferências efetuadas pelos seguintes fundos especiais:
a) Fundo Especial de Geração de Emprego e Renda - FUNGER;
b) Fundo de Assistência Social;
c) Fundo Estadual de Segurança Pública - FUNESP;
d) Fundo de Participação e Fomento à Industrialização do Estado de Goiás - FOMENTAR;
e) Fundo de Desenvolvimento de Atividades Industriais - FUNPRODUZIR;
As contribuições ao PROTEGE GOIÁS podem ser objeto de divulgação institucional pelos contribuintes, facultando-lhes divulgar imagem empresarial associada às respectivas participações nos programas sociais do Estado de Goiás. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a:II - condicionar a fruição de benefício ou incentivo fiscal, concedido por meio de lei estadual, à contribuição para o Fundo de que trata esta Lei correspondente ao percentual de 5% (cinco por cento) aplicado sobre o montante da diferença entre o valor do imposto calculado com aplicação da tributação integral e o calculado com utilização de benefício ou incentivo fiscal.
§ 1º O valor do crédito outorgado previsto no inciso I do caput deste artigo fica limitado ao valor da contribuição efetuada pelo contribuinte.
§ 2º O Chefe do Poder Executivo, atendido o interesse da Administração Tributária, limitará , no conjunto ou por contribuinte, o montante anual de contribuições para o Fundo oriundas de contribuintes do ICMS e efetuadas de acordo com o inciso I do
caput do art. 7º.NOTA: Redação com vigência de 21.07.03 a 02.08.04.
conferida nova redação ao § 2º dO ART. 9º PELo art. 1º da LEI Nº 14.881, DE 22.07.04. VIGÊNCIA : 03.08.04.
§ 2º O Chefe do Poder Executivo, atendido o interesse da Administração Tributária, em relação à contribuição ou à doação para o Fundo, oriundas de contribuinte do ICMS e efetuadas de acordo com o inciso I do caput do art. 7º, poderá:
I - limitar o seu montante anual, no conjunto ou por contribuinte;
II - ampliar o limite do crédito outorgado previsto no § 1º para alcançar eventuais ônus financeiros suportados pelo contribuinte do ICMS para apoiar financeiramente o Fundo.
§ 3º A condição estabelecida no inciso II do caput deste artigo não se aplica aos benefícios concedidos por meio dos programas PRODUZIR e seus subprogramas, FOMENTAR e REFAZ.
ACRESCIDO O § 4º AO ART. 9º PELo art. 1º da LEI Nº 14.541, DE 30.09.03. VIGÊNCIA : 30.09.03
NOTA:
Por força do disposto no art. 1º da Lei nº 14.782/04, de 4.06.04, com vigência a partir de 09.06.04, fica dispensado o pagamento da contribuição ao PROTEGE, decorrente de condição prevista neste parágrafo, cujo fato gerador tenha ocorrido no período de 1º.10.03 a 31.12.03. O valor da contribuição que tenha sido pago ao PROTEGE neste período pode ser compensado com débito da mesma espécie devido em período subsequente. O Estado de Goiás pode repassar, mediante convênio específico, ao município que tenha criado fundo municipal para investimento social, parte dos recursos do PROTEGE GOIÁS. O PROTEGE GOIÁS será administrado por um Conselho Diretor, constituído pelos seguintes membros:I - Secretário da Fazenda, na função de Presidente;
II - Secretário de Cidadania e Trabalho;
NOTA:Redação com vigência de 21.07.03 a 09.01.06.
CONFERIDA NOVA REDAÇÃO AO INCISO II DO ART. 11 PELO ART. 1º DA LEI Nº 15.522 DE 05.01.06 - VIGÊNCIA:10.01.06.
II - Secretaria de Cidadania;
III - Secretário do Planejamento e Desenvolvimento;
NOTA:Redação com vigência de 21.07.03 a 09.01.06.
CONFERIDA NOVA REDAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 11 PELO ART. 1º DA LEI Nº 15.522 DE 05.01.06 - VIGÊNCIA:10.01.06.
VI - Secretaria do Trabalho
V - Secretário de Segurança Pública e Justiça.
§ 1º Cada membro designará um suplente para substituí-lo no Conselho Diretor, nas suas faltas e impedimentos.
§ 2º O Conselho Diretor do PROTEGE GOIÁS conta com uma Secretaria-Executiva cujo titular deve ser indicado pelo Secretário da Fazenda.
A prestação de contas dos gastos realizados em decorrência de investimentos em programas sociais incumbe ao órgão ou entidade que os realizar.§ 2º A ausência ou irregularidade da prestação de contas, nos termos deste artigo, implicam imediata suspensão do repasse dos recursos ao órgão ou entidade que lhe der causa, até o saneamento da irregularidade perante o Conselho Diretor.
Fica o Poder Executivo autorizado a abrir, no corrente exercício, créditos especiais até o limite de R$ 240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais), destinados à implementação do fundo previsto neste Lei. O chefe do Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 90 (noventa) dias após a publicação. Ficam revogados os arts. 3º e 4º da Lei nº 13.639, de 9 de junho de 2000. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, em Goiânia, 16 de julho de 2003, 115º da República.
MARCONI FERREIRA PERILLO JÚNIOR
Walter José Rodrigues
Giuseppe Vecci
Francisco Gomes de Abreu
José Carlos Siqueira
Eliana Maria França Carneiro
Jônathas Silva